Acordo entre Brasil e China pauta proteção de florestas e transição energética
Em Pequim, em reunião com o governo chinês, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, afirmou que Brasil e China terão ampla cooperação em transição energética, proteção de florestas e rastreabilidade de commodities. Essa colaboração inclui combate a crimes ambientais e impedimento de acesso a mercados para produtos produzidos a partir de devastação ambiental.
Ademais, o encontro entre os presidentes dos dois países produziu uma declaração conjunta. Ela cria um Subcomitê de Meio Ambiente e Mudança Climática no âmbito do Comitê de Coordenação e Cooperação de Alto Nível China-Brasil (COSBAN). Essa parceria entre Brasil e China evidencia a urgência da crise climática e busca criar estratégias para enfrentá-la. Além disso, este acordo mostra a necessidade de negociações internacionais para a proteção de florestas e do meio ambiente.
Segundo Marina Silva, a cooperação será ampla em relação a florestas, cooperação científica e técnica, poluição atmosférica, transição energética, entre outros temas. Além do mais, o combate a crimes ambientais é uma área prioritária neste acordo. Historicamente, a China tem grande experiência com reflorestamento, já tendo recomposto de 70 milhões de hectares de área degradada.
Tema transversal: proteção de florestas e do meio ambiente
De acordo com a ministra, o presidente Lula disse que o meio ambiente é um tema transversal, que deve ser preocupação de todos os setores do governo. A declaração conjunta entre Brasil e China também busca alcançar os objetivos do Acordo de Paris e outros acordos internacionais. E eliminar o desmatamento e a exploração madeireira ilegal.
Adicionalmente, o acordo entre os dois países também enfatiza a implementação de uma transição justa para uma economia de baixo carbono. Este processo demandará investimento de trilhões de dólares, o que hoje ainda não é realidade. Os países considerados desenvolvidos ainda não honram o compromisso de US$ 100 bilhões por ano, como foi estabelecido em 2009.
Por fim, a cooperação também deve ocorrer no desenvolvimento de tecnologias. Como o novo satélite CBERS 6, que permite melhor monitoramento da cobertura florestal. Além das áreas de conservação e manejo sustentável de florestas, regeneração e reflorestamento de áreas degradadas.
Foto: merklicht.de