Encontro no Paraná debate agricultura orgânica e adequação dos produtores à Lei de alimentação escolar
Meta é aumentar a quantidade de agricultores aptos a atenderem a demanda por produtos orgânicos
Em março, diversas instituições governamentais do estado do Paraná envolvidas na produção orgânica, tais como, o Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar do Paraná (CEDRAF) e da Comissão de Produção Orgânica do estado do Paraná (CPOrg-PR), se reuniram na 1ª Reunião Ordinária de 2023 para discutir as ações e projetos ligados à agroecologia e agricultura orgânica ao longo deste ano.
Um dos principais objetivos deste encontro foi o de conseguir aumentar o número de produtores de itens orgânicos no estado do Paraná, a fim de atender à Lei que determina a inclusão de refeições orgânicas em todas as escolas estaduais até o ano de 2030.
O Paraná é o estado brasileiro com a maior quantidade de produtores orgânicos certificados, contando com 3.919 lavradores. No entanto, ainda é necessário aumentar esse número para suprir a demanda e alcançar a meta proposta.
A inclusão de produtos orgânicos nas refeições escolares é uma medida importante para promover a alimentação saudável e conscientizar os alunos sobre a importância de uma dieta equilibrada e sustentável. Além disso, essa iniciativa pode incentivar o aumento da produção orgânica e gerar benefícios para os produtores locais.
A 1ª Reunião Ordinária foi realizada de maneira híbrida, ou seja, com a participação presencial e também participantes que acompanharam a transmissão ao vivo. No encontro foram tratados outros temas relevantes, como a importância da agroecologia e a agricultura orgânica para auxiliar a preservar o meio ambiente, além da saúde de seus consumidores e o incremento da economia no estado.
Compreendendo a agricultura orgânica
A agricultura orgânica é considerada como uma prática agrícola que usa metodologias de cultivo dos alimentos e produtos sem a utilização de agrotóxicos, fertilizantes químicos, sintéticos, dentre outros produtos que podem prejudicar a saúde do ser humano, bem como, o meio ambiente.
Diferente da produção comercial da agricultura já consagrada, que é dependente do uso de produtos químicos sintéticos para acrescentar maior volume nas lavouras, a agricultura orgânica adota práticas que utilizam os ecossistemas naturais da região para aperfeiçoar o solo, proteger a biodiversidade e, desta maneira, resguardar a saúde dos lavradores e dos clientes finais.
As técnicas utilizadas na agricultura orgânica englobam o uso de recursos naturais, como esterco animal e compostagem, com o objetivo de enriquecer o solo com nutrientes e melhorar a qualidade das plantas cultivadas.
O controle de pragas e doenças é realizado por meio de métodos biológicos, como o emprego de insetos benéficos e a rotação de culturas, que evitam infestações sem o uso de substâncias químicas sintéticas.
Outra característica marcante da agricultura orgânica é a preocupação com a biodiversidade, visto que os agricultores praticam o cultivo de uma variedade de plantas e evitam as monoculturas, favorecendo a diversidade genética das plantações e promovendo a saúde de todo o ecossistema.
A prática da agricultura orgânica também é reconhecida por sua contribuição à sustentabilidade, uma vez que os agricultores empregam técnicas que visam à conservação do solo e da água, reduzindo a erosão e aumentando a capacidade de armazenamento de água no solo. Ademais, a agricultura orgânica requer uma quantidade menor de energia e emite menos gases de efeito estufa do que a agricultura convencional.
A agricultura orgânica é benéfica para a saúde dos seres humanos e também dos animais, pois o consumo de alimentos desta origem reduz a exposição a resíduos de agrotóxicos e outros produtos químicos que podem ser prejudiciais ao bem-estar. O alimento orgânico tende a ser mais nutritivo do que os convencionais, o que favorece a saúde do consumidor.
Foto: Imagem de yassineexo por Pixabay
